Este Paulo Portas! Só mesmo ele para me fazer esquecer a derrota da Naval com uma barrigada de riso! Mas riso sério, atenção! Nada de cáries, por favor!
Com que então o Sócrates é que é um rosto do passado? Então o que dizer de ti, Paulito?
É certo que nos tempos do Independente não tinhas o mesmo fácies. Menos tempo no solário, dentes amarelados do café, camisa da feira de Carcavelos… bem, nisso continuas igual. Não é invenção, não senhor, vi nos arquivos da RTP! E como tu bem sabes, Paulo, há que ser honesto trabalhador, pobre e honrado, saber cantar o hino e nunca faltar à verdade! (mas principalmente saber cantar o hino.)
Olha, tu e o teu grupo popular são material do melhor para qualquer candidato a comediante! Confesso, é verdade, sempre que posso assisto às sessões quinzenais do Parlamento só para ouvir o teu palrar enquanto aquele outro compincha (um tipo algo Feyo, com pouco mais cabelo do que tu) vai cantarolando “avança, Paulito, o menino está a ir bem!”, tal Mariza no Big Show Sic do Baião, antes de se internacionalizar em Bruxelas. Do melhor!
Então e o pullover? Já verificaste se não é made in Taiwan? Vê, lá, Paulo, além dos agricultores, os pastores de caprinos também dão votos. E com a carneirada que aí anda… há que ter "sentido de Estado". Ainda não percebi é se é líquido, gasoso, ou sólido mas... olha, ainda não terminei as novas oportunidades e biologia nunca foi o meu forte.
Continua, Paulo e, já agora, adianta-te ao progresso e defende a pena de morte como já ouvi de muitos dos teus jotas, mas... se calhar, se calhar é uma ideia já out, porque, "olha, sei lá, filha, apeteceu-me".
Convido-te a passares uns dias lá no Estabelecimento Prisional. Afinal, não é todos os anos que um futurista cristão vanguardista conservador põe lá os sapatos fabricados em Portugal (tenho a certeza que sim, Paulito, não és como o Manel Pinho, esse grande golfista, que só passeia italianos). E, olha Paulo, está lá um senhor, preso há mais de 12 anos, que nunca sequer teve uma precária, que gostava muito de te servir um cafezinho e bolachinhas enquanto discutem teoria política e o teu projecto avançado de integração social. Ele ia gostar de te ouvir, Paulo. Como você sabe, o menino é grande!
